sábado, 25 de setembro de 2010

Bodyboard

Agora na condição de desempregado, fiquei com uma porrada de tempo livre nas mãos.

Como não estou habituado a ter tempo, nem para me coçar, quanto mais para fazer o que me der na real gana, tive de engendrar rápidamente qualquer coisa para me ocupar nos tempos mortos entre, levar e ir buscar os putos à escola, enviar CV's e ir a entrevistas de emprego.

Solução: ir a casa dos meus pais buscar o material de Bodyboard que estava arrumado há mais de 10 anos.

A prancha já está velhota e desactualizada, mas dá bem para este novo início de actividade, os pés de pato, apesar de ser um de cada nação também servem o seu propósito, o fato...isso já é outra conversa.
10 anos depois e outros tantos quilos a mais obrigaram-me a investir num fato novo. Um modelo low-cost para começar não está nada mal, até porque os tempos são de rectração no investimento, ou seja, a tendência é que os desempregados sejam uns tesos e eu, ainda que não esteja à espera de estar nesta condição muito tempo, pelo sim pelo não, não quero entrar em grandes dispendios eurológicos.

O regresso à prática tem sido espectacular, tenho ido à agua duas vezes ao dia, de manhã depois de ir levar os putos à escola e ao final do dia antes do jantar.

A minha forma física não se aproxima sequer daquela que eu tinha quando era um fiel praticante da modalidade em finais dos anos 90, mas tem melhorado a olhos vistos.

Manobras só saem de vez em quando, quase por engano, mas só o facto de estar sentado na prancha à espera do Set e poder dropar e cortar umas ondas tem-me sabido pela vida.

O objectivo desta volta ao radicalismos do Bodyboard é em primeiro lugar ocupar o tempo livre que tenho nas mãos, mas mais do que isso, o que tem sabido mesmo bem é a limpeza de espírito que esta actividade proporciona e que eu já não me lembrava que era tão regeneradora.

E a praia no Outono, o céu nebulado, ás vezes a pingar, o sol que a espaços vai aparecendo... que maravilha, acho que estou a ficar viciado outra vez...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desemprego

Pois é, eis que o supra-citado flagelo chegou cá a casa.

Desde o dia 10 deste mês que a empresa para a qual trabalhava, prescindio dos meus serviços.

Apesar de eu saber, há já bastante tempo, que havia lá dentro um filho da puta, bera como as cobras e de um caracter de índole....vá lá tipo vómito, que me queria fazer a folha, o momento do anuncio da decisão de me mandarem embora foi completamente inesperado.

Numa altura em que estava envolvido em projectos de importância muito significativa para a empresa e depois de uma reunião de direcção que contou com a presença do maior accionista da empresa, o qual, de uma forma muito assertiva me dava razão nas minhas intervenções, transmitindo-me uma força que nuca tinha sentido, no dia a seguir pumbas... vais de vela.

Saio da empresa de uma forma amigável, não digo que não haja da minha parte uma certa mágoa, pois dei muito de mim numa altura crítica para a empresa e porque acho sinceramente que o meu contributo era bastante válido. Mais, sei que o principal accionista da empresa sabe disso e que esta decisão não foi do agrado, ou sequer da concordância dele, ainda que em última análise ele é quem toma as decisões.

É triste, mas real, o facto de que os filhos da puta de índole tipo vómito, aqueles que a toda a hora tentam foder o do lado para terem mais destaque, aqueles que apenas trabalham na empresa para proveiro próprio e não para uma causa ou política comum da empresa, continuem a prosperar.
Este filho da puta em particular eu tenho a certeza, e seria capaz de doar um testículo à ciência em como vai acontecer, vai-se foder. Mas vai-se foder de uma maneira feia, tipo como se fosse atropelado por um camião TIR que ía a 180kms/h numa qualquer auto-estrada deste país. Nem a alma se vai aproveitar do pobre diabo.

Eu da minha parte, educadamente, despedi-me dele com um aperto de mão e desejos de boa sorte, se bem que a minha vontade era enfiar-lhe o IMB pelos cornos abaixo; mas no meu íntimo foi um tipo de cumprimento como quando, na máfia, um mafioso beija outro na boca vaticinando-lhe o futuro num belo fato em carvalho francês.

Não desejo ao pobre de espírito tal fim, como não tenho coragem de desejar a ninguém, mas no dia em que o bicho for com a cona da mãe ás costas, gostava de ter oportunidade de lhe dizer "tás a ver meu menino, tudo o que semeias vais colher mais à frente".

É minha convicção de que este tipo de bestas têm um sucesso efémero e que mais dia menos dia... camião TIR com ele.

Pondo agora de parte a minha mágoa de lado, o suporte da família e amigos tem sido fantástico, bem como a disponibilidade para ajudar.

Da minha parte, muitos CV's enviados, algumas entrevistas já efectuadas e já recusei algumas ofertas de trabalho que não correspondiam aquilo que pretendo.
Quero muito voltar a trabalhar, mas quero fazê.lo consciente de que o próximo desafio derá algo com o mínimo de estabilidade e prespectivas de crescimento.

Tenho uma atitude positiva sobre a vida em geral, tenho um óptima capacidade de gerir épocas de crise, sofro e posso roer-me por dentro, mas acredito que quando se fecha uma porta, algures se abrirá uma janela.

Enquanto procuro a janela, vou disfrutando de algum merecido descanso, da minha mulher e dos meus filhos e tento ocupar-me o mais possível de preferência com desporto.

Ass: futuro ex-desempregado

Regresso às aulas

Dia 1 de Setembro, garotos a postos... lancheiras nas mãos.... e lá vão eles rumo à escola nova.

Esta mudança é um marco importante na curta vida dos dois personagens que vivem lá em casa e a quem chamo filhos.

Mais até no caso do mais velho, está quase a fazer 4 anos, desde os 5 meses que estava na escola anterior e existem laços que se criaram com as antigas educadoras, com auxiliares e, sobretudo, com colegas.

O mais novo acabado de fazer dois anitos certo que estava que notaria a diferença (até porque adorava a sua educadora Manuela) a passagem adivinhava-se mais fácil.

Esta transição sucedia num período particularmente difícil que era o pós férias. férias como nunca eles tinha tido, 1 mesinho inteiro sem por um dedo na escola, nunca tal havia sucedido.

Este mês, para além de mês de galhofa, praia, piscina e afins, foi um mês de "massacre" psicológico, infligido por estas monstruosas figuras paternais que sou eu e a minha mulher, como?? explico.

Durante o mês todo de Agosto, não houve, uma semana... não, um dia... novamente não uma hora, em que eu ou a minha mulher não proferíssemos as tortuosas palavras "estamos quase a ir para a escola nova!!!!", repetidamente de hora a hora, ora um, ora outro, sempre a bombar..."olha que fofinho, já está a dormir...(sussurro...) já tás quase a ir para a escola nova".

No ansiado dia, expectativas de berrarias, e grandes sessões de putos agarrados ás calças e o que se sucedeu?! NADA...

"Olha a escolinha nova..." ok, "olha vai brincar com aqueles brinquedos novos..." ok, "olha agora os papás vão embora..." ok. ok??!!! OK!!!!

Desde então, passaram-se 23 dias e o regresso à escola, à nova escola, dá-se como sempre se deu na velha escola, para o mais míudo e para o mais graúdo.

Ele há coisas do camandro... por mim tanto melhor.
Assim mesmo é que é putos, espírito de abertura à mudança.
que as transições vindouras se deêm todas como esta, por mim tudo bem.

P.S. o massacre psicológico de mentalização forçada deve ter ajudado qualquer coisa neste processo, só pode...

De volta

É verdade, estive uns dias afastado das lides desta nobre actividade de Bloger, no entanto cá estou eu de volta e com novidades fresquinhas para registar e partilhar neste meu recondito cantinho da web.

Desde o passado dia 26 de Agosto, altura em que fiz o meu ultimo post, muita coisa aconteceu.

Nos próximos posts tentarei contar as mais importantes.

Abraços e beijos