quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desemprego

Pois é, eis que o supra-citado flagelo chegou cá a casa.

Desde o dia 10 deste mês que a empresa para a qual trabalhava, prescindio dos meus serviços.

Apesar de eu saber, há já bastante tempo, que havia lá dentro um filho da puta, bera como as cobras e de um caracter de índole....vá lá tipo vómito, que me queria fazer a folha, o momento do anuncio da decisão de me mandarem embora foi completamente inesperado.

Numa altura em que estava envolvido em projectos de importância muito significativa para a empresa e depois de uma reunião de direcção que contou com a presença do maior accionista da empresa, o qual, de uma forma muito assertiva me dava razão nas minhas intervenções, transmitindo-me uma força que nuca tinha sentido, no dia a seguir pumbas... vais de vela.

Saio da empresa de uma forma amigável, não digo que não haja da minha parte uma certa mágoa, pois dei muito de mim numa altura crítica para a empresa e porque acho sinceramente que o meu contributo era bastante válido. Mais, sei que o principal accionista da empresa sabe disso e que esta decisão não foi do agrado, ou sequer da concordância dele, ainda que em última análise ele é quem toma as decisões.

É triste, mas real, o facto de que os filhos da puta de índole tipo vómito, aqueles que a toda a hora tentam foder o do lado para terem mais destaque, aqueles que apenas trabalham na empresa para proveiro próprio e não para uma causa ou política comum da empresa, continuem a prosperar.
Este filho da puta em particular eu tenho a certeza, e seria capaz de doar um testículo à ciência em como vai acontecer, vai-se foder. Mas vai-se foder de uma maneira feia, tipo como se fosse atropelado por um camião TIR que ía a 180kms/h numa qualquer auto-estrada deste país. Nem a alma se vai aproveitar do pobre diabo.

Eu da minha parte, educadamente, despedi-me dele com um aperto de mão e desejos de boa sorte, se bem que a minha vontade era enfiar-lhe o IMB pelos cornos abaixo; mas no meu íntimo foi um tipo de cumprimento como quando, na máfia, um mafioso beija outro na boca vaticinando-lhe o futuro num belo fato em carvalho francês.

Não desejo ao pobre de espírito tal fim, como não tenho coragem de desejar a ninguém, mas no dia em que o bicho for com a cona da mãe ás costas, gostava de ter oportunidade de lhe dizer "tás a ver meu menino, tudo o que semeias vais colher mais à frente".

É minha convicção de que este tipo de bestas têm um sucesso efémero e que mais dia menos dia... camião TIR com ele.

Pondo agora de parte a minha mágoa de lado, o suporte da família e amigos tem sido fantástico, bem como a disponibilidade para ajudar.

Da minha parte, muitos CV's enviados, algumas entrevistas já efectuadas e já recusei algumas ofertas de trabalho que não correspondiam aquilo que pretendo.
Quero muito voltar a trabalhar, mas quero fazê.lo consciente de que o próximo desafio derá algo com o mínimo de estabilidade e prespectivas de crescimento.

Tenho uma atitude positiva sobre a vida em geral, tenho um óptima capacidade de gerir épocas de crise, sofro e posso roer-me por dentro, mas acredito que quando se fecha uma porta, algures se abrirá uma janela.

Enquanto procuro a janela, vou disfrutando de algum merecido descanso, da minha mulher e dos meus filhos e tento ocupar-me o mais possível de preferência com desporto.

Ass: futuro ex-desempregado

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