terça-feira, 9 de março de 2010

A Night do Rock.

A passada Sexta-feira foi um dia muito especial. Não apenas por ser o final da semana de trabalho e vésperas do merecido descanso de fim de semana, mas porque foi a primeira Sexta-feira do mês.

Em Cascais há uma discoteca, o Bauhaus, que a cada primeira Sexta do mês organiza uma festa de Rock dos anos 80.

Como qualquer fã deste género musical e como qualquer trintão que passou uma parte signficativa da sua juventude a embriagar-se de uma forma alucinante na referida "disconight pistodance", é sempre um grande prazer voltar àquele espaço.

Desde que fomos pais, eu e a minha mulher não temos tido muitas oportunidades para desbundar noite dentro, facto que exponencía aos píncaros da loucura cada vez que o fazemos (malucos!!!).

Esta passada Sexta, enchemos o papinho...
Os putos enfiámo-los um em cada avó (para não doer muito), a quem desde já endereço os meus mais sinceros agradecimentos, com a promessa de que esta vez não será a última...eheheh...

Através de uma mobilização via Facebook organizei uma jantarada com um grupo de amigos. Um repasto composto pelos canastrões dos bifes com molho de natas e cogumelos, sangria até aos olhos e um geladinho para arrefecer as escaldadas paredes do estomago pela vinhaça misturada com 7UP.

Converseta atrás de converseta são 23h. Onde vamos agora? ainda é muito cedo para ir "partir cordas" para a rockalhada do Bauhaus... alguém se lembrou, Casino.

Já lá não ía há uns anos, está tudo diferente, o que mais me impressionou foi o facto da sala de jogos tradicionais estar misturada com a sala das máquinas tudo no mesmo espaço. Não gostei. Acho que retira glamour ao ritual dos jogos tradicionais. A roleta, o Blackjack... um monte de chungosos armados ao pingarelho, daqueles que usam brincos iguais aos do Cristiano Ronaldo mas em vez de brilhantes têm bocadinho de acrílico tranparente no meio, a jogar aos 5€ cada aposta de roleta e a encharcarem-se naquela típica bebida de Casino que é a Imprerial... Só faltavam os termoçitos e uma banca de "Sueca" para aquela merda parecer a tasca do Tio Américo.
...Até as courpiers já são ucranianas... "náda máixxx..." dizia ela enquanto via a bola rolar na roleta.
Desapontamento... a crise também já chegou ao casino.

Eu não joguei, não só porque os euros a cada ano que passa parecem mirrar cada vez mais, pelo que a disponibilidade para contribuir para a fortuna pessoal do Stanley Ho não é grande, mas porque me sinto cada vez menos atraído pelo ambiente doentio em volta do jogo.
Gosto do Casino, gosto do glamour do Casino, ver pessoas bonitas nos bares das zonas comuns, ouvir as bandas que por lá tocam, o jogo já gostei muito, mas agora nem por isso, perfiro uma noitada de poker com meia dúza de amigos do que enfiar-me numa sala de máquinas do Casino.

No entanto diverti-me à grande a gozar com o stress dos meus amigos que lá íam perdendo os euritos nas máquinas de poker enquanto diziam coisas do género "...esta porca nem uma dobrazinha deixa fazer..." ....esta porca!!!??? eheheheh, caro e estimado amigo, isto não é um animal é uma máquina que é suposto dar dinheiro a alguém que não és tu...

2 da manhã, vamos lá partir uma cordas...
chegámos ao Bauhaus e eu rápidamente me começei a dirigir para o meu ponto estratégico perferido, perto de um dos bares e junto ás janelas, sítio mais calmo e refundido com um bónus, é mesmo ao lado do "aquário" de fumo.

Uma amiga minha teve a ideia peregrina de irmos para o meio da pista, "ali é o melhor sítio...não somos tão incomodados" dizia ela.
Que erro monumental... ficámos mesmo no meio, quatro colunas de som com o tamanho de camiões TIR a bombar Rock até ás 4:30h para dentro dos nossos ouvidos, as guitarradas do Joe Satrianni pareciam farpas a entrar pelas orelhas dentro e a cravarem-se no cérebro.
Fiquei surdo até Domingo. "Luís queres pão?... HÃAAA, UM CÃO???" parecia um tolo sempre ás pancadinhas aos ouvidos na esperança que caísse de lá de dentro aquele apito que desde Sexta me estava a azucrinar a mioleira.

E os cromos que um gajo apanha naquelas noite...adoro-os a todos e muito obrigado por existirem.
Havia lá um na última Sexta que, numa espécie de ritual de acasalamento dos alcoolatras, metia-se dobrado para a frente, espetava a cabeça nas costas da fêmea alvo e esfregava a cabeça de um lado para o outro, como que se estivesse cheio de comichão resultante de uma camada monstruosa de piolho naquele cabelo, ele esfregava a cabeça tão rápido nas costas de rapariga que ás vezes pensava que, qual broca a furar uma parede, ele só ía parar quando saisse pelo ventre da jovem.

Outro proferiu aquela que considerei a declaração da noite. O bicho virou-se para uma garota em que se estava a esfregar há já uns minutos largos e disse "és tão boa!!!" e virou costas em direcção ao bar, adeus e obrigado.
Imediatamente passou-me pela cabeça tocar no ombro da rapariga e perguntar-lhe "aquilo resulta???" porra... no meu tempo o ritual de engate era muito mais elaborado que um simples "és tão boa", aliás se me dirigisse naqueles propósitos à maioria das garotas da altura o mais provável era vir de lá com um estalo enfiado nas ventas.
Que é feito dos "monhés" das rosas, do parlapier da tanga só para conseguir que a míuda não fugisse de nós a sete pés em direcção ás amigas????

Por uma lado eu acho bem esta nova abordagem, o gajo esfrega-se nela durante uns minutos, numa espécie de test drive, depois diz algo como "és tão boa" e vai ao bar buscar uma bebida. Se quando voltar a míuda ainda ali estiver parece-me que o tipo tem boas hipoteses de "sacar" a míuda, pelo menos durante aquela noite. É mais simples e mais rápido, pareceu-me bem.

A música estava óptima como sempre (para quem gosta do género, entenda-se), músicas como Thunderstruck dos AC/DC, Point of View dos D-A-D, ou Final Countdown dos Europe são sempre malhas obrigatórias e que deixam todo aquele povo dos 30 anos para cima ao rubro como quando tínhamos dos 16 anos para cima.

Foi uma grande noite que acabou ás 5 da manhã e que me levou a dormir até ás 15:15h de sábado... Granda maluco 15:15h!!!!!!! isto já não acontecia desde os tempos de faculdade, mas soube bem à brava descomprimir numa noitinha bem passada.

Uma nota negativa...Ó senhores do Bauhaus, então aqueles maravilhosos hamburgers que vocês faziam???? só tostas sabe a pouco, o mítico hamburger do Bauhaus ao final da noite deveria voltar.

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