sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Farmville

Ora aí está um tema extremamente actual para toda a gente que utiliza a rede social Facebook.

Para os não familiarizados com esta temática, o Farmville é um jogo online, existente na plataforma do Facebook que consiste em criar, expandir e gerir uma quintinha, fofinha com tudo o que as quintas normais e não virtuais têm.

Ora desculpem-me lá todos os milhões de ferverosos simpatizantes do joguito, mas como se diz em amaricano "get a life".
Aquilo ataca todos, novos, velhos, marrecos, bonitos, feios, até neste grupo organizado por comunidades de vizinhos já posso incluir a minha mulher, facto que não abona muito em favor da minha posição de macho dominante lá de casa, é que em vez de cozer meias, cozinhar, ou limpar, lá está ela, click, click, clik, clik...

(amor isto é só a brincar, é pra fazer rir...) não vá ela ler isto e desatar à chibatada enquanto me manda para o castigo.

O trabalho que aquela porra dá;

23:30h
-querida anda prá cama que amanhã acordas ás 6:00h para ir trabalhar
-já vou, tenho de apanhar os morangos para não estragarem, depois tenho de ordenhar o leitinho das vaquinhas, depois tenho de colher as macieiras e ainda me falta 3 pregos e 4 tábuas para o estábulo dos cavalinhos.

Essa agora, a minha mulher tem um curso superior, é inteligente, tem dois filhos pequenos que dão um trabalho dos diabos a cuidar, o que raio a faz gastar tempo precioso da vida dela em frente a um laptop a clicar ferverosamente no rato para colher fruta virtual.

Como diria o Toni, personagem do António Feio na Conversa da Treta, C'um escamartilhão!!!!

Gosto de pensar que aquela coisa tem uma espécie mensagem encriptada por detrás dos coloridos ecrãs do jogo que faz um espécie de hipnose a quem passa mais de 10 minutos a jogar aquilo. Para mim quem joga mais de 10 minutos o Farmville, corre sérios riscos de ficar para toda a eternidade "agarrado" à reforma agrária do mundo virtual.

E as mensagens que os "carochos" da quintinha trocam entre eles e que aparecem na página principal do facebook:

- quem me dá uma vaca cor de rosa?
- preciso de fertilizante para as abóboras...quem dá?
- alguém tem 5 pregos?

Oh tu da vaca cor de rosa, se deixares de fumar essa merda estragada que andas a fumar pode ser que te deixes disso; e tu do fertilizante, precisas? compra cerebrum, diz que para as abóboras não é muito bom, mas para ti deve servir; e finalmente o dos pregos, só se forem para te fechar num caixote e enviar-te para o meio do Alentejo onde podes pegar numa enchada à séria e começar a cavar como se não houvesse amanhã.

Esta agora...

Ainda para mais, todos os meus amigos que têm o diabo no corpo, em forma de quinta diabólica, entopem-me a caixa de mensagens com pedidos de fardos de palha, de arvores de frutos, ofertas de coelhos, cabras, gatos...
Mas pensam que sou alguma cooperativa agrícola??!!!
NÃO...não quero nada dessa bodega, o mais próximo que quero estar disso é quando estou ao lado da minha mulher enquanto ela joga, ferverosamente e quase com tiques nervosos esse jogo.

Mas pior, agora há o Aquaville, o Máfiawars e sabe-se lá que mais aí virá.

FISHVILLE!!! treinar peixinhos... oh senhores, não sabem que os peixes sofrem de memória curta??!! dizem que é de 3 segundos, mais ou menos o mesmo tempo que passei a olhar para o jogo em destaque neste post.

Ele há coisas do catano!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Está quase...

A semana passada estive de férias.
Como mudei de casa no passado dia 18 de Novembro, achei que já estava em boa altura de arrumar os caixotes que mantinha fechados na garagem e de deitar as mãos à bricolage para prender candeeiros e cortinados que desde essa altura ainda "não tinha tido tempo" (embora já tivessem passado quase 3 meses).

Em boa hora deitei mãos à obra, sempre com a minha "comandante" (leia-se mulher) a ditar as ordens dos trabalhos, lá se foram pregando pregos nas paredes para os quadros e fotografias, pendurando cortinados, arrumando livros, Cd's e cassetes de video (sim, ainda uso disso, nem que seja só para enfeitar a prateleira que tenho na sala), até que no final da semana, a nossa casa deixou de parecer um apartamento-armazém para começar a ter um gostinho de "casa vivida" e se sentir o acolho que isso acarreta.

O trabalho que dá todo o processo de mudança de casa é do camandro, digo-vos eu que desde que casei à quase seis anos já vou na terceira casa, o que significa que se estiver casado 40 anos, mantendo a média, vou mudar 20 vezes de casa (valente!!!).

No entanto dá um gozo do caraças quando nos começamos a sentir criar raizes e a sentir que aquela casa vazia e impessoal se vai tornando num lar.

Ainda faltam umas coisas nesta nossa nova casa, mesa e cadeiras para a cozinha, um sofá novo para a sala, alguns candeeiros e pequenas coisas que agora vamos adquirindo e, com um gostinho especial, vamos metendo dentro de casa como se estivessemos a completar um puzzle gigante.

Para os putos, todo este processo (desde o empacotamento das coisas na casa antiga, até agora) tem sido uma reinação, sempre com caixotes de volta deles onde eles podem brincar, bater, martelar, subir e até em alguns casos, mais o vasquinho, dar malhos épicos que até se nos reviram as entranhas, mas o puto apesar de ser um magricela pequenote (também não tem a quem sair grande) é rijo como um Ranger de Lamego a fazer instrução em Dezembro e até agora nunca se magoou.

As coisas parecem que hoje, que faz três meses desde a mudança, estão a acalmar e que a rotina da família está a regressar à normalidade.

Daqui a dois anos mudança outra vez.........naaaaaaa, não me parece.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Carnaval

Estamos naquela altura do ano em que quase tudo é permitido e que quase tudo é desculpado com a expressão "é carnaval, niguém leva a mal".

Não sou especial fã desta festa que tanto "gay no armário" nos revela e que tanta mama de fora (diga-se de passagem, rijas como calhaus, dado o frio que se faz sentir nesta altura do ano em Portugal) nos permite admirar.

Da parte que me toca, gostei do carnaval, que me lembre, aí uns 2/3 anos da minha vida. Apenas em petiz gostava de me mascarar (sempre de cowboy) e ir para a escola reinar com os meus amiguinhos a mandar confettis e fitinhas a tudo o que mexia.

Mais tarde, algures numa adolescência/idade pré-adulta, tive mais um ou dois carnavais em que, não me mascarando, tinha em conjunto com alguns amigos uma diversão especial.

Como já alguns de nós tinhamos carta de condução o divertimento era ir para a estrada do guincho mandar balões de água ás prostitutas que por ali tentavam, bravamente, ganhar o seu sustento.

Uma derivação deste "divertimento" era passar, no carro, à porta das principais discotecas de Cascais e mandar rajadas de balões de água ao pessoal que estava na fila para entrar (rico passado...estarão alguns de vocês a pensar).

Relativamente a este assunto, Deus nosso senhor, encarregou-se de me castigar anos mais tarde quando em passeio com a minha namorada da altura, actual mulher, íamos para a Discoteca Coconuts em Cascais com mais um casal amigo.

Deixámos o carro no centro de Cascais e fomos a pé para a Disco uma vez que estava uma noite bastante agradável. Lá íamos nós a desmoer o jantar que pouco antes tínhamos mandado abaixo e, heis que senão quando, surge de frente para nós um carro que vinha devagar e de luzes apagadas "olha-me este borrego escuro como breu e ele com as luzes do carro desligadas" pensei eu.

Nem dois segundos depois, este borrego que vos escreve, leva com dois balões de água nas fuças que até viu estrelas, como que um castigo divíno em forma de borracha cheia de água, cumpriu-se o desígnio do Senhor. Bem dados, digo eu que contra mim escrevo, quem com ferros mata...

Tirando este episódio, da parte que me toca e sobretudo durante a minha vida boémia da adolescência, sempre acompanhei os meus grupos de amigos a festas de carnaval nas discotecas, com algumas nuances, sobretudo uma, NUNCA, como eles, me vesti de mulher.

Primeiro porque acho que como gaja devia ser feia como um par de cornos que chocou de frente com um camião TIR; segundo o barbeiro que faz em Fevereiro no nosso país não me parece ser compatível com saias e decotes; terceiro acho que esse fetiche tão "Tuga-Macho" é de uma paneileirice de primeira apanha.

Depois tinha mais factor disuasor, com que moral é que eu chegava ao pé de uma garota na discoteca para meter conversa? Dizia o quê? Olá eu sou o Luís e nem imaginas o que te espera debaixo desta saia? ou Olá, queres retocar-me a maquilhagem? ou ainda Olá, eu sou o Luís, estou vestido de mulher mas sou um machão dos bons... não sei... não me parecia credível.

Para mim o Carnaval só pode ser de duas maneiras, ou no Brasil com calor e cerveja e festa rija todos os 7 dias da semana ou em Veneza com a distinção e glamour que todos conhecemos.

Aqui em Portugal o que é que temos? Matrafonas em Torres Vedras, Gigantones mal amanhados acompanhados por Zés-Pereiras a bater no bombo já carregados de vinho morangueiro até ás orelhas, gajas semi-nuas a rapar um briol dos diabos que o mais que ganham é uns piropos, assobios e algumas umas penumonias valentes, o Alberto João Jardim com aquela cara de palhaço bêbado que ele tem, a dizer asneiradas como aliás faz o resto do ano todo...não sei de vocês, respeito quem gosta da folia própria desta época do ano, tenho muitos amigos que são autênticos foliões/rabetas (...vestem-se de mulheres) mas isto tudo parece-me meio foleiro.

De qualquer maneira, agora que sou pai, também contribuo, na figura dos meus dois filhos, para a folia carnavalesca uma vez que nestas suas tenras idades também os mascaro para as festas na escolinha.

Só espero que daqui a uns anos não me venha a arrepender de ter contribuido para criar mais dois individuos que durante dois ou três dias do ano a sua diversão é subir nos saltos altos da mãe enquanto pincelam os lábios com baton e os olhos com rimel. A ver vamos...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Rui

Estávamos no verão de 2008, época de pico de trabalho na área de negócio onde me encontro.

A dada altura, enquanto no meio da fábrica eu dava chibatadas no cú de uma brsileira para ela se mexer mais rápido ao mesmo tempo que gritava com uma molengona de uma ucraniana, aparece um tipo para falar comigo.

Apresentou-se, Rui Pereira. Um tipo de quarenta e qualquer coisa anos, muito moreno (um pouco ao estilo marroquino), de óculos, calvo, barrigudo, sempre a esfumaçar e com uma boa disposição contagiante e muito afável. Simpatizei com o tipo quase que de imediato, apesar de ele deunciar claramente o estilo de vendedor de banha da cobra, cheio de amabilidades e simpatias e com conversa sobre tudo e em qualquer situação.

Ele tinha trabalhado numa empresa nossa concorrente e estava a criar um negócio numa área complementar à nossa.
O motivo da visita prendia-se com o facto do Rui querer criar sinergias com a nossa empresa e queria reunir por forma a estudar a viabilidade de tal parceria e definir eventuais moldes da mesma.

Como, à altura, o tipo de assunto não era da minha responsabilidade, encaminhei-o para o nosso Administrador que mantinha o pelouro da estrutura comercial e de marketing.

Após várias visitas e reuniões lá se fizeram alguns negócios em conjunto, trocaram-se contactos, vendemos-lhe alguns equipamentos necessários para a implementação do seu novo negócio e sempre que pela a empresa aparecia o Rui, era sempre o mesmo ritual, cumprimentos efusivos, trocas de ideias sobre o decorrer dos negócios, queixas mútuas sobre a actual conjuntura socio-económica, enfim o tipo é mesmo aquele típico bom falante simpático com o qual nunca temos uma ligação muito intíma mas que sempre que aparece é uma presença agradável.

Na semana passada estava à secretária com o meu Director Geral e ele, a dada altura diz-me: tenho de ligar ao Rui, tenho aqui uns cheques dele para dar entrada no banco, vou-lhe ligar.
O discurso foi mais ou menos este:
-Estou Rui,
-ahhh
-e posso falar com ele?
-ahhh, peço desculpa não sabia...
-está bem eu vou ver e já lhe ligo amanhã ou depois...
-ok, boa tarde.


Então? perguntei. já não trabalha lá?
Não, disse-me ele, morreu no Natal.A sério??!!! de quê?? não sei, disse-me o meu director.

Chiça....
Depois pensei, o tipo até tinha um aspecto saudável.
Pensei novamente, Fodeste-te - vai na volta, Deus Nosso Senhor, lá do cimo da nuvem onde ele está, fartou-se de te ver a chupar Marlboro como quem come pevides, e de te ver comer que nem um animal os polinsaturados todos que enfiavas no bucho, sacou de um daqueles raios que ele tem no seu cinturão e enfiou-te mesmo no meio do ventrículo esquerdo, causando-te um enfarto do miocárdio.

Hoje, numa reunião de direcção da minha empresa, falou-se na morte do pobre Rui. Como tenho estado de férias, não sabia das últimas notícias sobre tão abrupta morte.

Afinal o Rui, enfiou-se na casa de banho de casa com duas botijas industriais de gás, tapou todos os orifícios do WC com papel higiénico, desligou o quadro eléctrico para não causar nenhuma explosão (consciencioso, tirando a parte de escolher o Natal), fechou-se no WC, abriu o gás e lá foi ele ao encontro do Salvador.

Ele há coisas filhas da mãe... logo aquele artísta bem disoosto e bonacheirão...
Isto quem vê caras...
Para pensar.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ginja is Back...

Como é possível que ainda não me tivesse lembrado de escrever sobre uma coisa tão marcante na minha vida familiar como o regresso da gata Ginja cá para casa.

Pois caros amigos, tenho outra vez um gato em casa (mais propriamente uma gata).
esta saga começou, vai fazer 6 anos, quando a minha mulher achou que nas suas folgas ficava muito sózinha em casa...(as palermices que pensamos quando não somos pais...)

Propôs-me um animal de estimação, para mim, um hamster ou um piriquito tinha servido perfeitamente, mas a opção foi um gatinho...

Como, analisando rápidamente a coisa, sempre era melhor que ter um cão, pois o gato não precisa dos passeios a todas as horas, concordei em acolher o bichinho, no pressuposto de que seria a minha mulher a tratar dele.

Lá fomos a Almada, a casa de um familiar buscar a gatinha persa bebé. Era uma graça (tudo o que é pequenino tem graça, ...daí o facto de eu não ter passado do 1,67mts), parecia uma bola de pêlo, muito sossegada, aparentemente a coisa tinha tudo para correr bem.

Pois é, fazendo um breve descritivo aqui ficam alguns pontos que não foram considerados na altura e que poderiam ter pesado numa tomada de decisão diferente (tipo hamster ou piriquito):

1º queriamos ser pais cedo (logo a minha mulher não ficaria com a sensação de solidão por muito mais tempo) e passados 2 anos "engravidamos"

2º a gata é persa...a quantidade de pêlo que ela generosamente nos solta por toda a casa é uma enormidade

3º e a guita que se gasta!!! esterilização, consultas periódicas, comida, acessórios, ainda por cima esta veio com o extra de que sofre da bexiga e dos rins e se não come uma determinada ração, que custa tanto como o mais fino caviar do mercado, fica sempre com infecções urinárias que resultam em mais idas ao veterinário, mais antibióticos e vacinas e o raio que a parta.

4º a minha cunhada é alérgica... coitada, ela ainda tentou ir a nossa casa umas vezes, mas houve uma vez que ía morrendo sofocada e, sinceramente, eu sei que a minha família é uma família simpática mas tenho noção de que não vale a pena morrer para a ir visitar. conclusão, o meu irmão e a minha cunhada não podem ir lá a casa.

5º a quantidade de mobiliário que a sacana da gata já estragou é impressionante

6º a minha mulher não é imune à toxoplasmose...o que é que isto quer dizer???, quer dizer que durante os dois periodos em que esteve grávida (+- 18 meses) eu é que tinha de limpar gateira, escovar, brincar, em suma tratar da gata.

7º a gata dorme durante o dia, logo à noite está sempre na disposição de arranhar as portas e miar até que acordemos de forma a dár-lhe uma chinelada no lombo.

Estou certo que mal acabe de escrever este post ainda me vou lembrar de mais "contr-indicações" de ter um gata em nossa casa, no entanto estas foram as óbvias.

Pouco antes do Vasco nascer (era o Martim muito bebé) pedimos a uma das avós, que vive sózinha e que já tem uma idade de respeito, para tomar conta da gata por uns tempos.
Ter dois bebés em casa ao mesmo tempo, estava fazer com que não cuidassemos da gata da maneira que ela deveria ser tratada.
Aliado a isso a Ginja ir fazer companhia à avó era uma solução Win-Win, nós estariamos totalmente focados em sobreviver à paternidade dupla a que nos propusemos, e a avó teria durante algum tempo uma companhia extra.
Com visitas mais ou menos regulares, lá ía a minha mulher a casa da avó, ora para levar comida, ora para levar a Ginja ao veterinário, ora para a escovar e a coisa deu-se durante mais ou menos 2 anos, enquanto lá por casa as coisas voltaram à rotina pré-gata, com o bonus dos dois míudos.

Há 1 mês, agora que o Vasco já anda perfeitamente, e os riscos de enfiar uma bola de pêlo na boca já diminuiu significativamente, a Ginja regressou a casa, a casa nova para onde mudámos em Novembro (coitadinhas das minhas portas novas....)

A coisa está a correr bem, os putos adoram a Ginja, adoram gritar-lhe e tentar dar-lhe pontapés, o Vasco adora meter as mão na comida e na água da gata.
Quando a desgraçada da gata vai à gateira para fazer xixi ou cócó, os dois cercam a gateira, a gritar e a bater no topo da "casota" como que a aterrorizar o desgraçado do bichinho... confesso que tenho tido alguma pena da Ginja neste seu regresso, aquilo que estou em crer ela acredita ser o inferno.

As portas começam a ser arranhadas, os pêlos a andar pelo chão, com o extra de ter agora dois garotos em casa que parecem dois membros da inquisição do mundo felino, que gritam a correr de um lado para o outro, apenas lhes faltando nas mãos os archotes em fogo a gritar "queima, queima, queima...".

Ele há ideias que temos na vida que ás vezes mais valia ter tido, nesses momentos, valentes descargas de diarreia que nos agarrassem à sanita sem qualquer tipo de piedade e nos retirassem a disponibilidade para pensar em mais nada.

Não que queira qualquer tipo de mal ao nosso animal de estimação, mas andei a pesquisar e, segundo o Blog -Tudo sobre gatos e felinos- a esperança média de vida dos gatos em cativeiro situa-se algures entre os 15 e os 20 anos, sendo que o mais velho gato registado viveu 36 anos...ai ai...

O novo João Garcia.

Acho que estou a criar o próximo João Garcia do alpinismo nacional cá em casa.
O Vasco tem um ano e meio, nesta altura da vida dele a única coisa que ele se sente bem a fazer é trepar a coisas.

Na sala trepa o sofá, trepa a poltrona, as cadeiras a chaise longue, e o mais esquisitos de todos os seus Everest's a Televisão.

Meus amigos, o sacana do garoto tem uma fixação tão grande por trepar a televisão que para terem ideia, desde que começei a escrever este post, já o fui tirar de cima do meu tele receptor 4 vezes (verdade...).

não se o tipo gosta do quentinho que sai por cima do aparelho ou se gosta apenas do barulho que faz quando ele desata à murraça com toda a força em cima da pobre televisão, que pelo andar da carruagem, não vai durar muito mais do que já durou.

A televisão é sem dúvida a sua "parede de escalada" preferida, mas fora a sala, os quartos e casas de banho também estão cheias de Kanchenjungas, Gasherbrums ou K2s que o Vasquinho se apressa, enquanto o diabo esfrega um olho, hábilmente a escalar.

E o trabalho que dá controlá-lo nas suas aventuras de montanhismo de trazer por casa...irra....é um trabalho duro mas que tem de ser feito, se um tipo não anda em cima do Vasco durante todo o dia, corremos sérios riscos de, de um momento para o outro o individuo dar um tombo épico que o possa sériamente aleijar, isso é coisa que nem eu, nem a minha mulher queremos.

PS: o chibo do Martim, está sempre a denunciar o Vasco quando ele se aventura na sua actividade de trepadeira.

PS2: Vasco, escolhe outro desporto filho, olha que essa coisa das trepadeiras é boa é para as plantas, pergunta ao João Garcia que já ficou sem as pontas dos dedos e sem a ponta do nariz.

PS3: Update - O vasco conseguiu subir 7 vezes para cima da televisão enquanto escrevi este post. (ai ai.....)