segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ele há cada dia!!!!

Hoje é um daqueles dias em que mais valia ter ficado na cama a dormir e saltado directamente, no calendário, do dia 30 de Maio de 2010 para o dia 01 de Junho de 2010.

Tudo começou com uma manhã igual a tantas outras, despertador, banho, vestir (calças e sapatos novos a estrear para começar uma semana em grande), levantar os putos, dar biberons, vestí-los e ala que se faz tarde a caminho da escola.

Mais ou menos a meio do caminho o Martim agarrou-se à barriga a chorar a dizer que lhe doía (comportamento estranho nele que é um duro à antiga), como o puto só evacua 2 vezes por semana (poupadinho que é), pensei que se tratasse de uma súbita vontade de defecar, que como ía a conduzir ainda algo distante da escola, me apressei a dispersar a atenção para patetices que fui improvisando na hora.

Mais ou menos preocupado lá fui acelarando o ritmo da minha condução para chegar o mais rápidamente à escola a fim de sentar o puto na sanita e lhe aliviar aquela tensão intestinal súbita que o atacava.

Azar dos tomates, TRÂNSITO, mas muito, tanto que ía dando comigo em louco.
Eram acidentes, obras, operações stop, tudo misturado e ao mesmo tempo.

A muito custo e já atrasadíssimo para entrar no trabalho, lá cheguei à escola para depositar as crias para mais um dia de estimulação cerebral.

Logo à saída do carro o Martim recomeçou a choramingar e dizer que lhe doía a barriga, prontamente lhe disse "vamos levar rápido o mano à sala dele e vamos já fazer cóco" meio com medo que o puto se borrasse todo e me atrasasse ainda mais a manhã de trabalho.

Assim que tiro o Vasco do carro, com ele ao colo e o Martim pela mão, nem um passo dei... o Martim manda-me 2 golfadas de vómito de leite com chocolate para o meio do parque de estacionamento que lá se foram os 300ml de leite que ele bebeu de manhã.

O Martocas coitado muito aflito, com as sandálias, os pés e a camisola cobertos de vomitado, eu com o Vasco num braço e as mochilas no outro, com as minhas calças novas e os meus sapatos novos cheios de vomitado e o Vasco a olhar espantado para o irmão sem preceber nada do que se estava a passar.

Lá um caridoso pai que estava a chegar para levar o filho à escola, apressou-se a colocar a mão na testa do Martim para o ajudar e estendeu-me umas toalhitas para o limpar e eu, confesso, fiquei meio atarantado com aquela situação, atrasado, vomitado e com um puto potencialmente doente.

Depois de 10 segundos de raciocínio rápido e de respiração funda, lá levei o Vasco à sala dele, e o Martim depois de vomitar não podia ir à escola (regras internas e compreensíveis).

Levei-o à avó Milu, abençoada.

Toca a voltar para trás, apanhar o trânsito novamente para lá e para cá, mais stress e preocupação pela saúde do puto (com ritmos destes não chedo aos 50).

Aparentemente ele, 2 minutos depois de vomitar, estava óptimo, já falei com os meus sogros que me disseram que até agora foi um dia normal, como outro qualquer, almoçou bem e está bem disposto.

Antes assim, para mal disposto por hoje já basto eu.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Saudosismo 2



Quase que proféticamente, há uns dias, escrevi um post sobre a Tasca do Sr. Américo, sítio mítico que marcou o meu precurso de formação académica superior e que, como tive a oportunidade de escrever há uns dias, me marcou pessoalmente para a vida.

Pois meus amigos, a velhinha, degradada, mas inspiradora casa onde estava instalada a Tasca foi demolida na passada 5ª feira dia 20 de Maio de 2010.

Quando soube da notícia fiquei com a barriga às voltas.
Triste, muito triste.

Equiparo a sensação da notícia da demolição da "Sala 96" à sensação da notícia da morte daquele familiar que está muito velhinho e doente há já muito tempo, que toda a gente sabe que o seu fim está para breve, mas que nunca se está preparado para o impacto que a fatídica notícia tem em nós.

Sei que, para quem nunca vivenciou uma tão intensa e incondicional ligação a um sítio, parece meio louca e despropositada tal comparação.

No entanto sei que não estou sózinho neste sentimento e que os meus "camaradas" de Tasca sentem exactissímamente o mesmo que eu.

Para todos nós, as respectivas condolências e a "Sala 96" viverá para sempre dentro de nós.

Grande Abraço ao Sr. Américo e à D. Julia que lá passaram muitos mais anos que eu, e a quem a notícia da demolição deverá ter custado ainda mais.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Música

Faz parte de mim.
Acordo a cantar, tomo banho a cantar, se estou chateado canto, se estou contente canto... pura e simplesmente canto.

Gosto de todos os géneros musicais, acho que todos têm o seu espaço, têm o seu lugar e timing, para mim todos os tipos de música têm momentos para serem apreciados.

No meu dia, por exemplo, com o passar das horas e das situações diversas do dia a dia, podiam aplicar-se diversos estilos musicais para descrever os diferentes momentos. Passo a exemplificar:

De Manhã - "levantar, tratar dos putos, levá-los à escola e chegar ao trabalho"



The Kids Aren't Alright dos OffSprin, não só é uma música com um ritmo que me dá a energia necessária à realização das penosas tarefas domésticas de todas as manhãs, como o título (não o resto da letra) é extremamente apropriado a muitas das vezes que, quando olho com mais atenção para os putos, já no carro ou a chegar à escola, reflecte aquilo que eu penso "os putos não estão bem" (muitas vezes, mal vestidos, ranhosos ou cheios de chocolate do leite à volta da boca, enfim condicionalismos dos timings apertados das manhãs)

Manhã de Trabalho - "Reunião de direcção"



Lá está, o título fala por si...

Tarde de Trabalho - Análise a mapas de Gestão em Excel



é verdade meus amigos, as longas tardes de análises a mapas de Excel parecem mesmo Auto-estradas para o Inferno, mas todos que temos que trabalhar e meus amigos, digam lá se com um som destes não se passa melhor uma tarde de trabalho

A Caminho de Casa - "Pela ponte Vasco da Gama..."



Nada melhor que "the Voice" para relaxar de um dia que quase está a acabar. (aqui uma versão dos Westlife)

Fim de Tarde/Início de Noite - "Banhos, Jantares, Xixi, Cama"



É a altura dedicada a eles, tudo é para eles, toda a atenção, todos os cuidados e CLARO, toda a programação televisiva. (neste apenas pus uma foto porque não encontrei um bom video, mas prometo actualizar logo que possível)

Ao deitar - "Para ela"



E já está...

Para mim é fundamental ter, ao longo do dia, diferentes tipos de musicas a acompanhar-me.
Oiço de tudo como a amostra atrás pode comprovar (muito no entanto fica por mostrar, também sou fã de um Heavy Metal, uma Brasileirada, um Reggea, ou um Drum and Base, só é preciso o momento certo para o ouvir.)

O dia que acabei de descrever teve os seguintes intérprete:
The OffSpring
Queen + David Bowie
AC DC
Frank Sinatra
Serafim e cª
Elvis Presley

Digam lá se não é uma selecção do catano (tenham lá compaixão pelo Serafim e incluam-no na constelação)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Poker

No passado Sábado, eu mais 6 amigos, demos ínicio a um encontro muito específico que tentaremos organizar, uma vez por mês, em casa de cada um de nós.

Noite de Poker.

A primeira noite foi organizada na minha casa.
Bebidas, salgados, doces, mesa e cadeiras prontas e lá demos nós início à noitada.

O combinado foi ás 21h, como é óbvio só começamos a jogar depois das 22h.
As mulheres também eram convidadas, não para socializar connosco, mas para entre elas discutirem, ponto cruz, macramé, a vida dos outros, enfim coisas de mulheres.

Uma das missões atribuidas às mulheres era o tomar conta dos putos, missão essa que foi falhada retundamente.
Tão entretidas andavam elas na discussão do "estado da nação" que os putos, com uma regularidade de aí 2 em 2 minutos, lá nos entravam pela cozinha dentro (local onde os machos dominantes se fecharam em consílio) e começavam a "chatear" a poderosa concentração de testosterona em volta de fichas e cartas.

Depois de subornar os putos aí com 2 quilos de amendoins, lá fechei a porta da cozinha à chave e elas que se desenrascassem com eles.

No final fiquei em 2º lugar (foi bom!!!).

A noite durou até por volta das 2:30h e decorreu sem incidentes de maior.
O convívio foi bastante bom e deu para a malta desanuviar dos assuntos triviais do dia a dia.
Estou já a aguardar pela organização da próxima "Pokerzada".

P.S. 1- a próxima será seguramente sem putos, pelo que os avós das crianças ficam desde já notificados para babysitters assistentes no próximo "torneio".

P.S. 2- na próxima "pokerzada" vou tentar beber menos de meia garrafa de Whisky, é que ontem tive o dia todo com uma dor de cabeça do cacete e hoje ainda ando meio "estragado" (isto com meia garrafa, como diz o meu filho, tou mesmo a ficar velhote!!!)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tatuagens

A semana passada fiz outra.

Tatuagens é uma das minhas perdições.
Se tivesse uma profissão não tão conservadora, estou certo que hoje teria muitas mais e mais visiveis do que já tenho.

Sei que este meu gosto está longe de ser consensual junto dos meus pares. Família, amigos e colegas são compostos por pessoas que acham piada às minhas tattoos, mas por outras pessoas que acham que é uma parvalheira andar por aí a "riscar" o corpo todo (é o caso dos meus pais, olhem...aguentem, fizeram-me agora aturem-me).

Aquilo que mais me agrada nas tatuagens é o ritual. A escolha do design, a concepção do mesmo, o conceito de a tatuagem ser eterna e por fim o próprio acto de tatuar.

Acho, sinceramente, que um bom tatuador é um artista, logo o produto do seu trabalho é, na minha prespectiva, arte e eu ando, literalmente, com ela ás costas (e não só).

Adorava, eu mesmo, saber tatuar.
Costumo dizer que, se me saísse o Euromilhões, nunca mais trabalhava na vida.
Tenho amigos que dizem que criavam este ou aquele negócio, eu não. Queria ficar de papo para o ar a apanhar sol o ano todo.
Apenas uma variação nesta minha prespectiva de vida perguiçosa, se me saísse o Euromilhões o único dinheiro que eu investia sem ser em viagens e bens de luxo, era num estúdio de tatuagens.

Só para o gozo, aquela bodega podia não dar dinheiro nenhum (apesar de isso ser dificil, tão caro que é tatuar o corpo), mas o meu hobby passaria a ser tatuar.

Já tenho algumas tatuagens.
A primeira fiz em 1998, no estúdio do pai de um amigo meu (que entretanto já morreu, paz à sua alma que me tirou a virgindade da tattoo), era uma tatuagem tribal no ombro esquerdo.
Depois disso, fiz dois caractéres chineses na perna esquerda, tatuei os nomes dos meus filhos nas costas, tatuei 3 estrelas também nas costas, fiz um tartaruga maori no ombro esquerdo, uma tribal maori no braço esquerdo e agora ornamentei os caractéres que já tinha na perna com ondas do estilo oriental.

Já tenho em mente mais um ou outro design que gostava de tatuar mas tenho de ter paciência e ir fazendo aos poucos. Para já porque é caro, depois porque tenho de ter em consideração as opiniões dos familiares mais aversos a esta minha panca pois também não vejo a necessidade de os chocar ao ponto de se aborrecerem à séria comigo.

Com calma, lá vou levando água ao meu moinho e lá fazendo as minhas tattoos, as últimas como presentes de aniversário oferecidas pela minha mulher.

O único senão deste "hobby" é, para mim, que aquela porcaria dói como o diabo a fazer, a última foi duas horas e meia ali a ser espetado por aquelas agulhas coloridas e a última meia hora já suava....enfim conseguir algo que queremos com um pouco de sofrimento tem também um gostinho especial.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Saudosismo

As redes sociais são um fenómeno que, no meu entender, já passaram a barreira do emergente.
Sites como Facebook, Hi5, Linked In, Sonico, são hoje em dia ferramentas que podem ser encaradas tanto numa vertente lúdica como numa vertente profissional.

Eu sou particular fã do Facebook, tenho lá o meu perfil, o meu grupo de amigos e vou aderindo aos grupos que vão sendo criados e que, por um ou outro motivo, me dizem algo.

Há uns dias, um antigo colega de faculdade criou um grupo dedicado à tasca do Sr. Américo.

A referida tasca era ponto de encontro obrigatório nos meus tempos de faculdade.
Situada no nº 96 da Rua das Praças, na Lapa em Lisboa, a tasca era carinhosamente apelidada de sala 96 pois, na realidade, era mais o tempo passado lá a emborcar alarvemente minis e copos de branco velho do que nas salas de aulas a cultivar a psique.

A tasca era (já fechou pois a faculdade onde eu andei mudou de localização e Sr. Américou ficou sem freguesia) um local mítico e tipicamente alfacinha.

O balcão forrado a azuleijo, as mesas forradas a toalhas de plástico ás flores, os bancos corridos, o Sr. Américo com o lápis atrás da orelha e a navalha que tanto servia para aparar as unhas como para cortar o queijo das sandes.
As pipas de vinho, a casa de banho sem sanita (apenas com um buraco) e com folhas de jornal rasgadas para limpar as nalgas, o cheiro a bafio, o tecto quase a cair...

Enfim, uma maravilha.

Digo, uma maravilha, sem qualquer tipo de ironia. A tasca foi realmente o sítio dos 5 anos de faculdade onde passei mais tempo, e que tempo!!!

Tardes a jogar à sueca ou à moeda, noites de ensaios da tuna, bebedeiras épicas, namoricos, conversetas, tudo ao mesmo tempo que as aulas decorriam no edificio no outro lado da estrada, sem claro a minha presença e de mais uns quantos amigos da carolice da vida boémia de estudante.

A minha primeira visita à Tasca do Sr. Américo, foi no primeiro dia de praxes.
"Verdinho", quando lá cheguei com o meu amigo Hugo Marques no primeiro dia de, supostamente, aulas, fomos logo agarrados por meia dúzia de manfios que logo nos levaram para dentro da tasca.

Que tarde meus amigos, enfiados numa sala da tasca a que chamávamos "privado" (um pequeno buraco escuro, sem uma única janela, húmido, com pipas de vinho velhas e 30 gajos todos a fumar lá dentro), toda a tarde fomos interrogados, achincalhados, esmifrados e sei lá o que mais.
A mim, enfiaram-me logo uma panela do Sr. Américo na cabeça (toda preta e amolgada por sinal) onde o meu Amigo Pedro Gonçalves na altura, finalista e Magister da tuna, bebado que nem um cabrão, esteve a bater com uma colher de pau a tarde toda.
Que saudades!!!

Muitos copos paguei e muitos copos bebi...

Eu tinha espírito para aquele massacre das praxes, alinhei sempre em tudo, e sempre fui tratado com respeito, e assim é que deve ser.
No grupo onde me vi inserido, a praxe era considerada um momento de integração e não de humilhação à semelhança do que, infelizmente, ainda acontece por aí.

Claro que fazíamos coisas parvas e sem sentido.
No dia do baptismo do caloiro, que era feito numa fonte que existe na Rua das Janelas Verdes, com àgua verde de tão podre estar, restos de garrafas partidas lá dentro, merda de pombo por todo o lado, eu, orgulhosamente, acabei em boxers lá dentro, porque os veteranos embicaram que tinha de haver um caloiro a ir ao banho, como ninguém queria ir e, se ninguém fosse ficávamos ali a noite toda. Pumba... lá fui enfiar-me no lodo da fonte.

Tão "heróico" facto valeu-me o título de Mister Caloiro de 1998, eheheheh....

No jantar do caloiro desse ano, já depois do jantar e aquando os brindes finais antes de irmos para a discoteca, vi um grupo de finalistas agarrados uns aos outros a chorar porque aquele ano lectivo que ía começar ía ser o último da sua vida académica.

Na altura olhei a cena e pensei "olha-me estes animais, nas praxes todos armados ao durão e agora parecem umas Madalenas arrependidas a chorar por se livrarem deste "fardo" que é a escola".

Hoje percebo.
Hoje quando falo com eles, quando estamos juntos e recordamos os tempos de faculdade, também fico com o peito apertado e com um nó na garganta.
Foram muitas tardes de bebedeira, muitas actuações da Tuna, muitas semanas académicas, muita vivência em conjunto.

É uma sensação estranha.
Quando passo à porta da antiga mítica Sala 96, hoje fechada no mesmo estado de podridão de há 12 anos, também me apetece chorar, não por tristeza, mas por aquele sentimento que só em português se pode exprimir que é a Saudade.

Hoje tenho uma vida boa, tenho uma mulher que adoro, tenho dois filhos lindos que amo do fundo do coração, mas ainda assim os tempos de Faculdade, de Tuna, de Associação Académica marcaram-me para a vida.

Aqueles que, como eu, tiveram tamanha sorte em experimentar estes sentimentos de união, comunhão e espírito académico, percebem perfeitamente o que estou a transmitir.

O Hi5 e mais até o Facebook, têm-me permitido manter o contacto com grande parte dos companheiros que comigo viveram e experimentaram o antigo espírito do ISLA de Lisboa.
Hoje todos, ou quase todos, trabalhamos e temos famílias, vidas diferentes e que nos afastam de um convívio mais regular mas, pelo menos, podemos sempre abrir os nossos perfis e acompanharmos as vidas uns dos outros ainda que de uma forma menos intensa, ou se quiserem mais superficial.

Dedico este post a todos os Ex-alunos do Antigo ISLA da Lapa, Pessoal de Marketing e Membros e antigos Membros da Tunilingus.
A todos vós "Alis Volat Propis"

Selecção

Estamos em ano de mundial de futebol.

Para quem, como eu, é adepto ferveroso desta modalidade, o campeonato do mundo é sempre um momento especial.

Eu, apesar de não ser um adepto incondicional da selecção (sofro muito mais a ver um jogo dos juniores do Benfica contra o Alguidares de Baixo do que num qualquer jogo da selecção), gosto sempre de ver bom futebol e, já agora, que a selecção do meu país faça uma boa figura.

Pois num campeonato do mundo, à partida, a parte dos bons jogos está garantida.
Caramba, estão ali os melhores jogadores, das melhores selecções do mundo.

Ora, no caso específico deste campeonato do mundo e particularizando a nossa selecção isso não é necessáriamente verdade.

O Prof. Carlos Queiroz, decidiu esta passada segunda-feira surpreender-nos com uma convocatória de jogadores, para tão distinta competição, com uma lista que seguramente não lhe saíu daquela cultivada cabeça que ele tem, mas aposto eu, lhe saíu directamente do intestino grosso.

Mas que raio de drogas anda o Prof. a tomar para, tão convictamente, convocar gajos como, Daniel Fernandes, Ricardo Costa, Zé Castro, Beto, já para não falar de jogadores presos por arames como Pepe, Ricardo Carvalho, Deco....

Enfim, não sendo, como disse, um adepto incondicional da selecção, tenho receio que este campeonato do mundo seja embaraçoso para Portugal.

Parece que o Prof. está com uma pressa do catano de voltar da Africa do Sul, quando ainda nem sequer lá chegou.

Para mim, o Prof. já demonstrou algumas vezes que o melhor sítio onde ele pode estar é por baixo do Kilt do Sir Alex Fergusson.

Só aí, e nas camadas jovens da selecção há mais de 20 anos, é que ele conseguiu provar algum valor.

Volta para ao pé do escocês Queiroz... olha quem te avisa teu amigo é. Daqui a uns tempos pode ser tarde demais.

Queiroz meu rapaz, tem juizo. Ainda vais a tempo de rectificar o balde diarreia mental que foi a tua convocatória.

Da minha parte estou certo que moderadamente apoiarei a selecção entre uma ou outra mini e um ou outro pires de tremoços, mas temo que a coisa não vá ser lá muito famosa.

De qualquer maneira FORÇA PORTUGAL (pelos menos aos Coreanos e aos Costa Marfinenses a ver se marcamos um ou outro golito para animar)

P.S. se a coisa correr bem e no final fizermos uma boa campanha com esta miséria de equipa que levamos ao mundial, prometo um post a retratar as minhas opiniões e a saudar o génio do Prof. que consegue ver em jogadores medíocres a nata do futebol nacional.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Choque

Este passado final de semana, foi intenso.
Foi intenso não só pelo facto do GLORIOSO ter sido o campeão de futebol desta época, mas também por maus motivos.

Na sexta-feira a minha mulher dá-me a notícia de que a Isabel Neves tinha morrido.

Porra.... Morreu??!!! de quê? acidente?
Não. Cancro. Fulminante.

Chiça, mete fulminante nisso.
Ainda há 2 ou 3 meses falei com ela e aparentemete ela estava óptima.

A Isabel Neves, foi a mediadora imobiliária da Remax que vendeu, em Novembro passado, a minha casa de Telheiras.

Não era alguém que me dissesse muito ou que me fosse próxima, no entanto a notícia da morte dela, foi algo que me deixou meio "azambuado".

A Isabel era uma mulher com perto de 40 anos, com uma boa disposição e uma aparência saudável.

Tinha uma filha pequena, tinha um marido, uma vida pela frente, tinha de certeza uma série de projectos que se viram interrompidos desta forma tão brutal.

É cada vez mais impressionante o número de pessoas que são flageladas por esta doença.

Todos temos casos na família ou em amigos com relatos de duras batalhas travadas contra os mais variados tipos de cancro, que na maior parte das vezes acabam como o caso da Isabel.

A minha veia hipocondíaca começou, logo após o recebimento de tão trágica notícia, a pedir um check up.

Hoje em dia, com a quantidade de merda que comemos e bebemos, os estilos de vida stressantes mas sedentários, a poluição, a camada de ozono, etc, etc, etc, obrigam-nos a atenções especiais que podem ser o garante de uma vida mais longa, ou com, pelo menos, melhor qualidade.

Tomemos então conta de nós. Com cautela, mas sem alarmismos, pois com todos os "perigos" que hoje enfrentamos, se não levarmos a coisa de uma forma mais ou menos descontraída arriscamo-nos a ficar com um corpo saudável mas com uma mente boa para ir directa para a Avenida do Brasil, nº 53.

domingo, 9 de maio de 2010

32

FODAAAA-SEEE, CARALHO, somos CAMPEÕES.
(hoje posso abusar do vernáculo, sabido que é parte integrante da linguagem futebolística).

32.
32 é o número de vezes que o GRANDE já foi Campeão Nacional.
Este ano foi assim:

1ºLugar
76pts.
78 Golos Marcados (melhor ataque)
20 Golos Sofridos (melhor defesa)
Cardozo 26 Golos (Melhor Marcador)

Somos GRANDES.
Somos ENORMES.

Estou neste momento com o peito tão inchado que a andar mais pareço um pombo.
Sinto-me tão contente por ser do Benfica como, estou certo, me sentiria se hoje a coisa desse para o torto. É isto que é ser do GLORIOSO.

Ser do GLORIOSO é ser diferente, é ter um treinador que na conferência de impensa que dá logo a seguir a ter conquistado o seu primeiro titulo de campeão nacional tem a calma emocional de endereçar palavras de reconhecimento para os clubes adversários.

Felicitar aqueles que conseguiram os seu intentos, mas também dar palavras de apoio aqueles que pela sua história não mereciam resultados tão penosos como os que tiveram esta época.

O nome do treinador do GLORIOSO é Jesus, e tal como o outro fez há 2000 anos atrás, também este estendeu a outra face, nesta conferência de imprensa. Os outros mesquinhos, merdosos e filhos da puta cheios de ódios e ideias regionalistas levaram uma bofetada de luva branca tão grande que deram duas voltas ás cuecas sem tocar nos elásticos.

Os bandalhos do grémio das antas, são tão merdosos e miseráveis que não suportam que os benfiquistas do norte, legitimamente, saiam à rua para festejar o titulo do seu clube do coração.

Quando, ao longo dseste últimos 30 anos a agremiação de mafiosos ganhava, com roubos escandalosos, título atrás de titulo, não tenho memória de embuscadas como as que já se viveram hoje no Porto.
Tirando vá a D. Ermenegilda Barata que vive no 6 esq., na Av. da Republica, mesmo por cima da Casa do FC. Porto que quando a algazarra passa das horas, lá lhes manda um ou dois penicos carregados de mijo e com um ou outro cagalhãozito ensopado.

Que soltem os raivosos adeptos do grémio mafioso pelo país fora, que levem naquelas fucinheiras com os duros cacetetes da polícia de intervenção até que fiquem a comer sopa por uma palhinha durante 15 dias.

Eu da minha parte, vou dormir como um bebé.
Vou descansar com o peito carregado de bom feeling como diz a Sara Tavares.

CAMPEÕES.....

sábado, 1 de maio de 2010

Orgulho :)

No espaço de uma semana aventurei-me a fazer dois programas com os meus filhos que, felizmente, correram muito melhor do que eu poderia imaginar.

Por isso estou MUITO ORGULHOSO dos "chavalos".

O primeiro destes dois programas de sucesso foi no sábado passado.
MC Donald's.

O Martim já tem 3 anos e meio e nunca lá tinha ido, o Vasco está a fazer dois anos e também nada de polinsaturados pró bucho.

Um dos meus grandes temores era o comportamental, birras, batatas pelo ar, sumos entornados, assaltos ás mesas vizinhas... ainda assim lá nos decidimos por ir.

Fizemos da ida ao MAC a maior das surpresas, envolta em grande mistério até pararmos o carro à entrada do restaurante.

Quando o Martim viu onde tínhamos chegado foi uma algazarra a toda a prova. Os olhitos dele brilhavam como se estivesse a ver uma piscina cheia de gomas ou um triciclo de chocolate. Sim, ele é um comilão de primeira! não só de javardice, mas de tudo.

O Vasco acolheu aquela surpresa com o mesmo entusiasmo que acolheria uma chegada a um restaurante chinês para comer Chop Soi ou a um resturante indiano para comer uma Chiken Tica Massala. Para o gajo era exactamente a mesma coisa.

Lá dentro tudo correu pelo melhor, para o Vasco um creme de ervilhas e a seguir umas batatas fritas para o embuir no espírito Fast Food.
Para o Martim um Happy Meal de douradinhos.
Sucesso... tudo comido, zero de comida pelo ar, zero de fitas, zero de mau comportamento.

Estou convencido, pelo que daqui a mais 3 anos poderão lá voltar (o espaço temporal que proponho para mediar as duas visitas a tão reconhecido estabelecimento, prende-se apenas e só pela minha convicção de que aquilo é coisa para rebentar com o estômago dos putos).

O Segundo programa foi hoje. Neste deixámos o Vasco na Vóvó Milu, o programa era exclusivo para o Martim.
Ida ao cinema.

A primeira, aquela que nós nunca esquecemos...hummmm, isso é outra coisa.
Ok, esta provavelmente ele esquecerá, mas ainda assim foi giro e correu bastante bem.

O filme foi o "Como Ensinares o Teu Dragão" em 3D, ou como diz o Martim, em 3 dedos.

Este programa teve um bónus adicional que foi a ida do primo Diogo, ídolo da tenra infância do Martim.

Sabem aquele ídolo que todos temos, uns o Dalai Lama, outros o Nelson Mandela, o Martim é o Diogo (apesar do Diogo ter 7 anos e nada de prémios Nobel).

Pipocas, Cola, Óculos 3D, Bilhetes... Ready, Set, Go...

Lá dentro foi bom.
Primeiro pôs os óculos 3D e disse logo "posso ir lá para dentro?" eheheheh.
Depois com um ou outro cagaço decorrente do volume elevado da projecção do Filme e de uma ou outra aparição mais surpresa de um qualquer dragão, a coisa correu bem até ao intervalo.

Nessa altura começou a querer tirar os óculos, a ir para o lado do primo (sim eles estavam separados, just in case) e a querer vir par o meu colo.

Com mais ou menos dificuldade lá fomos ultrapassando esses momentos, e no final das contas a coisa correu bem. Principalmente os últimos 10 minutos do filme, uma vez que ele já estava a dormir.

Outro programa a repetir, este com uma frequência maior do que a ida ao MAC.

Estou contente por ter corrido tudo bem, mas estou sobretudo orgulhoso de mim e da minha mulher.

Se eu tivesse de fazer um balanço destes 3 anos e meio que levamos de paternidade, com a dificuldade acrescida de termos 2 diabretes com 19 meses de diferença e que são piratas até mais não (algo próprio da idade), diria que até agora a educação dada aos fedelho tem-se revelado um sucesso.

Sim têm momento que me embaraçam e irritam pelas birras, alturas em que parecem mais distraídos para as mensagens e valores que lhes tentamos passar, mas face ao que vejo por aí, acho que a coisa tá a correr bastante bem.

Para não ser patéticamente imodesto quero partilhar parte deste sucesso educacional com o pessoal do infantário da TAP que, a meu ver, têm feito um trabalho fantástico, principalmente ao nível de lhes incutir horários e rotinas (que em casa tentamos manter religiosamente). Para todas vós, caras educadoras, auxiliares e demais funcionárias um grande bem hajam.