sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tatuagens

A semana passada fiz outra.

Tatuagens é uma das minhas perdições.
Se tivesse uma profissão não tão conservadora, estou certo que hoje teria muitas mais e mais visiveis do que já tenho.

Sei que este meu gosto está longe de ser consensual junto dos meus pares. Família, amigos e colegas são compostos por pessoas que acham piada às minhas tattoos, mas por outras pessoas que acham que é uma parvalheira andar por aí a "riscar" o corpo todo (é o caso dos meus pais, olhem...aguentem, fizeram-me agora aturem-me).

Aquilo que mais me agrada nas tatuagens é o ritual. A escolha do design, a concepção do mesmo, o conceito de a tatuagem ser eterna e por fim o próprio acto de tatuar.

Acho, sinceramente, que um bom tatuador é um artista, logo o produto do seu trabalho é, na minha prespectiva, arte e eu ando, literalmente, com ela ás costas (e não só).

Adorava, eu mesmo, saber tatuar.
Costumo dizer que, se me saísse o Euromilhões, nunca mais trabalhava na vida.
Tenho amigos que dizem que criavam este ou aquele negócio, eu não. Queria ficar de papo para o ar a apanhar sol o ano todo.
Apenas uma variação nesta minha prespectiva de vida perguiçosa, se me saísse o Euromilhões o único dinheiro que eu investia sem ser em viagens e bens de luxo, era num estúdio de tatuagens.

Só para o gozo, aquela bodega podia não dar dinheiro nenhum (apesar de isso ser dificil, tão caro que é tatuar o corpo), mas o meu hobby passaria a ser tatuar.

Já tenho algumas tatuagens.
A primeira fiz em 1998, no estúdio do pai de um amigo meu (que entretanto já morreu, paz à sua alma que me tirou a virgindade da tattoo), era uma tatuagem tribal no ombro esquerdo.
Depois disso, fiz dois caractéres chineses na perna esquerda, tatuei os nomes dos meus filhos nas costas, tatuei 3 estrelas também nas costas, fiz um tartaruga maori no ombro esquerdo, uma tribal maori no braço esquerdo e agora ornamentei os caractéres que já tinha na perna com ondas do estilo oriental.

Já tenho em mente mais um ou outro design que gostava de tatuar mas tenho de ter paciência e ir fazendo aos poucos. Para já porque é caro, depois porque tenho de ter em consideração as opiniões dos familiares mais aversos a esta minha panca pois também não vejo a necessidade de os chocar ao ponto de se aborrecerem à séria comigo.

Com calma, lá vou levando água ao meu moinho e lá fazendo as minhas tattoos, as últimas como presentes de aniversário oferecidas pela minha mulher.

O único senão deste "hobby" é, para mim, que aquela porcaria dói como o diabo a fazer, a última foi duas horas e meia ali a ser espetado por aquelas agulhas coloridas e a última meia hora já suava....enfim conseguir algo que queremos com um pouco de sofrimento tem também um gostinho especial.

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